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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Primeiro transplante de útero do mundo.



Médicos na Suécia realizaram o primeiro transplante mundial de útero de mãe para filha, informou uma equipe médica nesta terça-feira (18).
A Universidade de Gotemburgo disse que duas mulheres suecas, ambas na casa dos 30 anos, receberam úteros de suas mães, em cirurgias realizadas em um hospital no oeste da Suécia durante o fim de semana. A identidade das mulheres não foi revelada.
"Mais de 10 cirurgiões, que tinham treinado juntos o procedimento por vários anos, participaram da cirurgia complicada", disse o líder da equipe, Mats Brannstrom, professor de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de Gotemburgo.
Uma das mulheres teve seu útero removido há muitos anos devido a um câncer cervical, enquanto a outra nasceu sem útero, explicou a universidade em um comunicado. "Ambas as pacientes que receberam o novo útero estão bem, mas estão cansadas após a cirurgia. As mães que doaram os úteros estão de pé e andando e terão alta do hospital dentro de alguns dias."
A universidade disse que estima que entre 2.000 e 3.000 mulheres em idade fértil só na Suécia eram incapazes de gerar filhos devido à falta de um útero. A equipe médica disse que a qualidade do útero foi controlada pelos ovários e pelos hormônios e, em teoria, um útero pós-menopausa transplantado poderia carregar um bebê.
Uma das duas transplantadas, identificada apenas pelo nome de Anna, disse que sabia que alguns poderiam criticar a operação por razões éticas, mas para ela significava simplesmente restaurar uma função corporal, da qual ela tinha sido privada pelo câncer.
"É uma sensação incrível ser capaz de experimentar isso", disse ela em comentários postados no site do hospital Sahlgrenska, onde as operações foram realizadas sem quaisquer complicações.

Texto retirado na integra do site: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/09/medicos-na-suecia-realizam-primeiro-transplante-de-utero-de-mae-para-filha.html

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Se levanta meu filho, abra os olhos.



Essa semana uma pessoa que gosto muito perdeu seu filho, foi tudo de uma maneira horrível.
Essa mulher está sofrendo muito, teve até que ser hospitalizada no dia que o filho morreu.
Seu filho já era adulto, essa mãe tem oito filhos e sofreu como se ele fosse o único, provando a teoria que um filho nunca substitui outro. Gostaria de poder dar-lhe um forte abraço, mas nem sequer consegui ligar para ela ainda.
Eu já perdi dois filhos, sei como a dor é intensa, mas posso dizer com toda certeza que perder um filho já nascido é uma dor maior ainda, é algo que parece irreparável dentro de nós.
Esse homem se foi de uma maneira sofrida, brutal, em um acidente de carro, imagino essa mulher olhando seu filho no caixão todo machucado, sem se mover, sem alma em seu corpo. Ouvi uma história de uma outra mulher que durante o velório de seu jovem filho, ela o abraçava e beijava, pedia para que ele abrir os olhos como fazia quando ela o acordava para ir a escola, ela o apertava com tanta força e implorava que se levantasse dali. Ao ouvir essa história fiquei imaginando o quanto essa mãe também pensou em fazer algo parecido, o quanto pediu a Deus que fosse um pesadelo, um engano.
Só consigo pensar em como essa senhora está sofrendo, o quanto ela deve estar se sentindo só e querendo estar com seus outros sete filhos ao seu redor, para que ela possa proteger todos.
Mulher, não sei como te ajudar, não sei o que te falar, tenho pedido muito a Deus por vocês, mas se sinta abraçada... Sei que isso não vai mudar nada, mas saiba que aqui tem pessoas que te ama de verdade e que eu sou uma delas. Tenha força e fé em Deus.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tenha uma boa nutrição na gravidez.





Uma boa alimentação durante toda a gestação é muito importante, tanto para o equilíbrio de vitaminas, energia e até mesmo para que o intestino haja de forma correta, assim como faz muito bem para o bebê.

Tudo o que as gestantes comem, de alguma maneira, afeta o bebê, por exemplo, café, chocolate, repolho, entre outros alimentos, podem dar dor de barriga no bebê, um exemplo disso, é quando vc vai fazer a ultrassonografia para saber o sexo da criança, vc deve comer chocolate para que o bebê fique agitado e se mova mais, dando a possibilidade de visualizar o seu órgão genital.

É também muito importante para que a mulher não desenvolva durante a gravidez alguma doença que pode afetar ela mesma, o seu filho e também a hora do parto, tais como: pressão alta (que no parto pode causar a eclampsia) ou diabetes gestacional (que é pior que diabetes em uma pessoal que não esteja gravida). Tudo isso são fatores de risco.

Na alimentação dessa mulher gestante, deve conter: Cálcio- nos alimentos lácteos, peixes e vegetais, Ferro- Fígado bovino e de aves, feijão, beterraba, entre outros, Ácido Fólico- verduras, ovos, leite e leguminosas, Vitamina A- carne vermelha, fígado e derivados do leite, Vitamina C- frutas como caju, acerola, laranja, limão e em verduras,  e energia (Glicídios, Lipídios e Proteínas).

Uma dica é frequentar uma nutricionista, pelo menos durante a gestação e na amamentação, onde tudo o que a nova mamãe come é passado ao bebê através do leite, causando efeitos como por exemplo as famosas cólicas que fazem o bebê chorar durante horas.

Uma alimentação saudável e equilibrada faz até mesmo com que a mulher volte ao seu corpo normal em menos tempo e com menos dificuldade. É puro mito essa história que mulher gravida tem comer por dois, ela tem que comer por ela mesma respeitando horários e as fontes de vitaminas, sempre em uma quantidade significativa de modo que a satisfaça mas sem exagerar.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mamografia, por favor FAÇAM!!!!


A mamografia é um tipo de rx especial. O que muita gente não sabe é que além das mulheres, os homens também podem desenvolver Câncer na mama.

Através da mamografia é possível se diagnosticar precocemente qualquer alteração nas mamas, podendo ser "percebido" através desse exame até dois anos antes de se tronar palpável. O quanto antes se diagnosticar o problema, maior a chance de vida.

Esse exame não é indicado nos períodos menstruais, por que a mulher está mais sensível e já que a mama será comprimida no aparelho poderá sentir mais dor.

Hoje, existe a mamografia digital, o procedimento é o mesmo, no entanto, na comum as imagens são gravadas em uma fita e depois o radiologista verifica as imagens, e agora com a digital, o especialista visualiza na hora podendo mais mais brilho, contraste entre outras alterações que se faça necessária para uma imagem mais nítida, ou seja, de melhor qualidade.

a mamografia convencional demora de 30 a 60 minutos ficar pronta, correndo o risco de ter que refaze-la por uma má qualidade das imagens, fazendo assim com que a mulher se exponha em uma nova carga de radiação (que é prejudicial a saúde). Já na digital a imagem é gerada após 15 segundos da exposição, a mulher recebe menor número de rx, terá maior qualidade diagnóstica, com menor número de repetições durante o exame.

Mulheres de 50 a 69 anos devem fazer o exame uma vez a cada dois anos, no mínimo. Já quem tem parentes de primeiro grau com caso de câncer de mama, deve iniciar esse exame aos 35 anos.
Câncer de mama é a quinta causa de morte de câncer em geral e causa mais frequente de morte por câncer entre mulheres.

Atenção:
Sinai de câncer pode aparecer através de alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo. Secreção no mamilo também é um sinal de atenção. O sintoma do câncer palpável é o nódulo/ caroço no seio, seguido ou não de dor mamária. Podendo surgir nódulos nas axilas.

Fatores de risco nas mulheres:
Idade a partir dos 50 anos;
Densidade mamaria aumentada na mamografia;
Biopsia mamaria prévia com achado de hiperplasia atípica;
História de câncer de mama em parentes de 1º grau;
História de câncer de ovário na família;
História de mutações nos genes BRCA 1 ou BRCA2;
Exposição a radiação ionizante para tratamento de doenças, sendo o risco maior quando exposta entre 13 e 30 anos.

Texto extraído dos sites:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/04/mamografia-pode-ajudar-detectar-precocemente-cancer-de-mama.html
e
http://www.cancerdemama.com.br/mulher/mamo/mamo.htm

*No primeiro site (do G1- programa bem estar da globo) tem bem mais informações, achei bem completo, coloquei aqui as principais informações.

Façam também o exame de toque corretamente e com frequência.

sábado, 7 de julho de 2012

É hora de Recomeçar!!!!


"Não importa onde você parou... em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... É renovar as esperanças na vida e, o mais importante... Acreditar em você de novo... 
Sofreu muito neste período? Foi aprendizado...
Chorou muito? Foi limpeza de alma...
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoa-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechastes a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido? Era o inicio da tua melhora...
Onde você quer chegar? Ir alto? Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor.
Se pensarmos pequeno... coisas pequenas teremos... mas se desejarmos fortemente o melhor e principalmente LUTARMOS pelo melhor... o melhor vai se instalar em nossa vida.
PORQUE SOU DO TAMANHO DAQUILO QUE VEJO, E NÃO DO TAMANHO DA MINHA ALTURA".




Carlos Drummond de Andrade. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Gravidez Psicológica.



Também conhecido como pseudociese, a gravidez psicológica é rara, ocorre cerca de 1 a cada 20 mil gestações.
Nesse acontecimento a mulher realmente acredita estar gravida, sofrendo alterações psicológicas, sociais e também físicas, como enjoos, escurecimento dos mamilos, ausência de menstruação, crescimento da barriga, mesmo não existindo feto. 
Está ligado a conflitos inconscientes, como por exemplo, o medo ser mãe, ou ao desejo de ser mãe, como mulheres que sofreram suscetivas perdas gestacionais e ou tentativas em vão de engravidar. Problemas psicológicos, sexuais e traumas socioambientais podem influenciar para esse quadro. Há estudiosos do assunto que dizem que este quadro pode indicar a síndrome de ovário policístico, tumores ou câncer do útero e distúrbios ovarianos e hormonais.
Ocorre mais frequentemente com mulheres com baixo nível de instrução, solteira, magras e com profissões que são consideradas intelectuais.
Esse tipo de gravidez também altera o nível de hormônio da mulher, exceto o HCG (hormônio que é constatado através do exame de sangue, onde indica gravidez), porem há um nível bem alo de LH e Prolactina, o aumento desses hormônios é um sinal clínico da pseudociese.
É impossível detectar a mulher que pode sofrer com essa síndrome, na verdade, pode acontecer com qualquer mulher. Sendo assim a mulher que apresenta esse tipo de gravidez, a família tem que ajudar muito, leva-la a um psicologo e buscar a fundo os fatores que estão causando isso, seja ele psicológico ou problemas de saúde mais graves como foi mencionado acima.
Há um caso muito conhecido da mulher chamada Anna O., ela perdera o pai que amava com grande intensidade, essa mulher fazia terapia com o terapeuta Breuer, que a atendia diariamente, ocasionando assim uma chamada transferência positiva, ou seja o amor que sentia pelo seu falecido pai, ela transferiu para Breuer, que também tinha semelhanças físicas com seu pai, e o terapeuta começou a nutrir sentimentos pela paciente, comparando o seu amor por sua mãe. Sua esposa percebendo tudo aquilo sentiu ciumes. O próprio Breuer começou a se sentir ameaçado com a situação e parou de atendê-la, pouco tempo depois Anna O. começou a sentir fortes dores comparadas a de um parto. Breuer acabou com essa condição com a hipnose. Não se sabe ao certo como ela superou, mas acabou se tornando assistente social e feminista, apoiando a educação feminina.
Nesse caso, Anna O., já apresentava transtornos psicológicos, mas é importante ressaltar que qualquer mulher pode sofrer dessa síndrome, não apenas quem já possui uma histórico psicológico.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Histerossalpingografia.





O que é o exame:
A histerossalpingografia nada mais é do que um raio-x contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Ele é realizado em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um catéter (sonda) fino.
É um dos exames mais antigos existentes na rotina da investigação do casal infértil, sendo utilizado há praticamente um século. Apesar de tão antigo, ainda é o melhor para avaliar a anatomia das tubas uterinas, não existindo outro exame que possa nos dar a mesma qualidade de informação sobre esta estrutura.
A histerossalpingografia tem como principal objetivo avaliar a morfologia das tubas uterinas e, através desta análise, inferir sobre sua função reprodutiva. Pode também oferecer dados sobre a anatomia uterina, como a presença de mal-formações Müllerianas (útero bicorno, unicorno, septado etc), presença de pólipos ou miomas e sinéquias uterinas.
O resultado do exame é um verdadeiro divisor de águas entre os tratamentos. Se estiver normal, os tratamentos podem ser de menor complexidade ("in vivo"), mas caso tenha alterações, devemos partir para os procedimentos mais complexos ("in vitro").

Medos e anseios:
É muito comum no consultório receber pacientes que tem verdadeiro terror ao ouvir falar neste exame. Quantas e quantas vezes não ouvi a frase: "faço qualquer coisa, mas não me peça para repetir este exame!".
De certa forma, não posso deixar de tirar a razão das minhas pacientes. A histerossalpingografia quando não é bem indicada e bem realizada, é extremamente dolorosa e desconfortável.
Assim, é obrigação do médico que solicita o exame explicar à paciente como ele é feito e para que está sendo solicitado.
Vale ressaltar que quando o exame é feito seguindo rigorosos critérios e por médicos experientes e com bons equipamentos, não há queixa de dor.

Cuidados ao realizar o exame:
  • A histerossalpingografia deve ser realizada em uma fase específica do ciclo menstrual, previamente à ovulação e logo após o término da menstruação, ou seja, algo como entre os dias 6 e 12 do ciclo menstrual.
  • Deve ser feita uma limpeza do intestino previamente, que pode ser obtida com o auxílio de laxantes no dia anterior ao da realização do exame. Isso serve para retirar os gases e fezes da região pélvica, visando melhorar a qualidade das imagens e a sua interpretação.
    Atenção: Não faça uso destes medicamentos sem que o médico tenha recomendado!
  • Podem ser utilizados anti-inflamatórios ou anti-espasmódicos 30 minutos antes de realizar o exame, para prevenir a ocorrência de dores durante sua realização.
  • É muito importante que o médico examinador seja especializado na realização deste exame.
  • Um bom laboratório ou clínica também ser preferido, pois se existir um aparelho chamado de radioscópio, o exame é muito mais facilmente realizado e com melhor qualidade das imagens.
  • Não deve ser utilizada uma pinça para pinçar o colo do útero, chamada de Pozzie. Esta pinça causa dor e contração muscular, fechando a saída das tubas e confundindo quem analisa os resultados.
  • Da mesma forma, o contraste deve ser aquecido, para evitar a contração uterina.
  • O catéter a ser inserido no colo do útero deve ser flexível e bem fino
Seguindo estes cuidados, raramente há queixa de dor e o exame terá uma ótima qualidade, facilitando a interpretação do médico.




Catéter flexível com balão, utilizado para a realiazação do exame




Postagem retirado na integra e sem alterações do site: 
http://www.drfernando.med.br/histero.htm

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Anencefalia: quanto tempo é possível sobreviver sem cérebro?


A anencefalia é caracterizada por uma má formação do feto, que não desenvolve o cérebro e o cerebelo. Foto: Getty Images/Terra
A anencefalia é caracterizada por uma má formação do feto, que não desenvolve o cérebro e o cerebelo
Foto: Getty Images/Terra
ANGELA CHAGAS
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir nesta quarta-feira se as mulheres podem interromper a gestação de fetos anencéfalos. A anomalia ocorre quando o embrião não desenvolve o cérebro e o cerebelo. Alguns especialistas defendem que o direito dessas crianças à vida deve ser respeitado, enquanto outros alertam para os riscos e traumas de uma gestação desse tipo. Mas afinal, é possível que um bebê que nasce sem cérebro sobreviva por muito tempo?
Segundo o médico docente em genética na Universidade de São Paulo (USP) e especialista em medicina fetal, Thomaz Rafael Gollop, a sobrevida sem a estrutura cerebral é, na maioria dos casos, de poucas horas. "A anencefalia é um defeito congênito, que atinge o embrião por volta da quarta semana de desenvolvimento, ou seja, numa fase muito precoce. Em função dessa anomalia, ocorre um erro no fechamento do tubo neural, sem o desenvolvimento do cérebro", diz. Para Gollop, a chance de sobrevida por um período prolongado é "absolutamente inviável".
Cinquenta por cento das mortes em casos de anencefalia são provocadas ainda na vida intrauterina. Dos que nascem com vida, 99% morrem logo após o parto e o restante pode sobreviver por dias, ou poucos meses. "Os que sobrevivem, conseguem fazer o movimento involuntário de engolir, respirar e manter os batimentos cardíacos, já que essas funções são controladas pelo tronco cerebral, a região que não é atingida pela anomalia. Alguns não precisam do auxílio de aparelhos e chegam até a serem levados para casa, mas vivem em estado vegetativo, sem a parte da consciência, que é de responsabilidade do cérebro", afirma o professor de bioética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), José Roberto Goldim.
O especialista em bioética defende que é um equívoco afirmar que os bebês anencéfalos são "natimortos cerebrais". Ele diz que o Conselho Federal de Medicina revogou uma resolução em 2010 que tratava os casos de anencéfalos como morte encefálica, já que eles apresentam uma "viabilidade vital". "O mais importante é desmistificar a visão de que a anencefalia é incompatível com a vida extrauterina. Temos um caso em Porto Alegre, no Hospital de Clínicas da UFRGS, de paciente que viveu quatro meses. Enquanto para algumas mães é um sofrimento levar adiante uma gestação que vai resultar em morte, para outras é importante permitir o curso natural até a morte", diz ao defender o direito de escolha nesses casos.
Já os casos de bebês que apresentam uma sobrevida maior - de até 2 anos - os especialistas concordam que não podem ser considerados anencefalia. Thomaz Gollop cita como exemplo a menina Marcela de Jesus Galante Ferreira, que sobreviveu 1 ano e 8 meses após ser diagnosticada como anencéfala. Para o geneticista, esse é um caso extremamente raro de uma anomalia chamada merocrania - quando há resquícios do cérebro revestido por uma membrana que protege contra infecções e prolonga a expectativa de vida. "Mesmo assim, todos os casos também culminam na morte".
Brasil é o quarto País com maior incidência de casos
A incidência é de aproximadamente um em cada mil nascimentos no Brasil. "Isso corresponde a cerca de 3 mil casos por ano", afirma Gollop. Segundo ele, o País é o quarto do mundo com o maior número de casos de anencefalia. Em primeiro lugar está o País de Gales. "Não sabemos por que da incidência maior nesses países, já que apresentam características tão diferentes", afirma.
A ciência ainda não sabe explicar exatamente as causas da anencefalia. Gollop explica que ela é uma condição multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais, sazonais e geográficos. O médico disse ainda que há formas de prevenir pelo menos metade das ocorrências a partir da ingestão de ácido fólico (um tipo de vitamina B) dois meses antes e no primeiro mês da gestação.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito a partir do terceiro mês de gestação por meio de uma ultrassonografia. Segundo Gollop, mesmo que a anomalia seja detectada precocemente, não há mecanismos que possam ser adotados para salvar o feto. Segundo ele, a partir do diagnóstico as mães que querem interromper a gravidez precisam recorrer a uma decisão judicial, que normalmente leva em torno de 15 dias. Se os ministros do STF decidiram pela regulamentação da interrupção da gravidez nesses casos, Gollop destaca que as mães que desejarem manter a gestação terão seu direito assegurado. "Muitas mães preferem seguir com a gestação e isso também precisa ser respeitado", afirma.
Os especialistas afirmam que esse tipo de gestação apresenta alguns riscos. Como a criança não tem reflexos para engolir o líquido amniótico, ele fica retido no útero, que pode não contrair na hora do parto, provocando hemorragias. Outros problemas mais comuns em gestações de risco podem ocorrer, como desenvolvimento de hipertensão e deslocamento da placenta.

Aborto de anencéfalos não é mais crime, decide STF


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira que não é mais crime o aborto de fetos anencéfalos (com má-formação do cérebro e do córtex - o que leva o bebê à morte logo após o parto). Já era permitida a interrupção da gestação em casos de estupro ou claro risco à vida da mulher. Todas as demais formas de aborto continuam sendo crime, com punição prevista no Código Penal.

A antecipação do parto de um feto anencéfalo passa a ser voluntária e, caso a gestante manifeste o interesse em não prosseguir com a gestação, poderá solicitar serviço gratuito do Sistema Único de Saúde (SUS), sem necessidade de autorização judicial. Os profissionais de saúde também não estão sujeitos a processo por executar a prática.

Para os demais tipos de aborto, a legislação brasileira estabelece pena de um a três anos de reclusão para a grávida que se submeter ao procedimento. Para o profissional de saúde que realizar a prática, ainda que com o consentimento da gestante, a pena é de um a quatro anos.

Segundo o relator do processo no STF, ministro Marco Aurélio Mello, já foram concedidas 3 mil autorizações judiciais no País para interrupção da gravidez de feto anencéfalo. A cada mil recém-nascidos no Brasil, um é diagnosticado com a má-formação cerebral. Esse índice deixa o Brasil em quarto lugar no mundo com mais casos de fetos anencéfalos, atrás de Chile, México e Paraguai.

A anencefalia é definida na literatura médica como a má-formação do cérebro e do córtex do bebê, havendo apenas um "resíduo" do tronco encefálico. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), a doença provoca a morte de 65% dos bebês ainda dentro do útero materno e, nos casos de nascimento, sobrevida de algumas horas ou, no máximo, dias.



O julgamentoO placar final do julgamento foi de 8 a 2, em sessão que começou ainda na manhã de ontem. O caso chegou à Suprema Corte há oito anos, movida pela CNTS.Naquele mesmo ano, o ministro Marco Aurélio Mello concedeu liminar para autorizar a antecipação do parto quando a deformidade fosse identificada por meio de laudo médico. 
Porém, pouco mais de três meses depois, o plenário decidiu, por maioria de votos, cassar a autorização concedida. Em 2008, foi realizada uma audiência pública, quando representantes do governo, especialistas em genética, entidades religiosas e da sociedade civil falaram sobre o tema.

"Cabe à mulher, e não ao Estado, sopesar valores e sentimentos de ordem estritamente privada, para deliberar pela interrupção, ou não, da gravidez (de anencéfalos)", disse ontem o relator do processo, ministro Marco Aurélio Mello, que votou pela descriminalização do aborto de anencéfalos.

Além de Marco Aurélio, votaram a favor da prática os ministros Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ayres Britto, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Divergiram da maioria dos ministros Ricardo Lewandowski e o presidente do STF, Cézar Peluso.

"A ação de eliminação intencional da vida intra-uterina de anencéfalos corresponde ao tipo penal do aborto, não havendo malabarismo hermenêutico ou ginástica dialética capaz de me convencer do contrário", disse Peluso. "Ser humano é sujeito. Embora não tenha ainda personalidade civil, o nascituro é anencéfalo ou não investido pelo ordenamento na garantia expressa, ainda que em termos gerais, de ter resguardados seus direitos, entre os quais se encontra a proteção da vida", argumentou.

O ministro Dias Toffoli não votou porque se declarou impedido. Ele atuou no processo quando era advogado-geral da União.



Texto retirado na integra sem alteração do site: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5716187-EI306,00-Aborto+de+anencefalos+nao+e+mais+crime+decide+STF.html

domingo, 15 de abril de 2012

Para meu segundo anjinho.




Hoje deveria ser um dia alegre para mim, afinal completo 27 anos. No entanto, a três anos atrás, nessa mesma data (meu aniversário), eu estava internada em um hospital para tomar uma das duas doses que tomei para "abortar" meu bebê, embora os médicos tenham dito que o termo "abortar" está incorreto, pois não se tratava desse procedimento, mas o que senti foi exatamente isso, que eu estava matando meu tão amado e desejado filho.
O que aconteceu é que eu engravidei (pela segunda vez) e estava muito feliz, passado alguns dias que descobri a gestação, dias esses que passei com algumas dores , acreditando que fosse alguma indisposição intestinal resolvi ir ao hospital, e ai a tristeza, era uma gestação na trompa (gestação ectópica), e eu teria que tomar um medicamento para interromper a gravidez (se isso não é aborto,não sei o que pode ser), pois se eu não seguisse esse procedimento eu poderia até morrer com hemorragia. Visto que não havia (na lógica dos médicos) razões para seguir em frente com a gravidez. e foi assim que eu passei meu aniversário de 24 anos no hospital com uma dor muito grande no peito, que me fez até ir embora do hospital antes de tomar a medicação e só voltei porque meu marido me "convenceu".
Então eu dedico esse blog, a você, meu segundo anjinho.
Sempre te amarei. Nunca mais terei aniversários completamente felizes depois de perder você.
Você está no meu pensamento, em meu coração enas minha lembranças.
você é alguém que não cheguei a conhecer, apenas senti, não cheguei a ter em meus braços, a acariciar quando chorava, mas é alguém que sinto um amor tão intenso. Sofro muito ao pensar que eu devo ter te feito sofrer para partir e que talvez , com uma obra do senhor, você poderia estar correndo pela casa com seu irmãozinho.
É por você as lágrimas derramadas hoje.
Te amo demais.
Mamãe.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Projeto Ártemis.

Flor de Luz

Olá pessoal, não sei se alguma de vocês conhece, mas, existe um projeto muito legal, chama-se Projeto Ártemis, a fundadora é a Maria Manuela Pontes, ela já sofreu duas perdas e sabe muito bem quão grande é essa dor. Existe esse endereço: http://www.projectoartemis.pt/.

E também tem um consultório virtual, onde vocês podem fazer perguntas no sentido de perda gestacional. É um espaço de caráter informativo, onde contam com a ajuda de médicos.
O endereço é http://projectoartemis.blogs.sapo.pt/2012/04/04/.
Visitem, é muito bom.

Lá eles desenvolveram uma atividade muito interessante para homenagear aqueles nossos pequenos anjinhos que não estão mais aqui, no dia das mães (que esse ano será comemorado no dia 06/05/2012), nós que sofremos perdas gestacionais, lançamos ao céu balões, no número de perdas e com a cor respectiva com o sexo de seu bebê.
Assim:
Menino: Balão azul
Menina: Balão rosa
Ainda não sabia o sexo: Balão branco.

Eles se reúnem em Portugal (pois a fundadora e o próprio blog é de lá), mas você que gostou e quer fazer sua homenagem num dia tão especial pode fazer isso ai em sua casa mesmo, o horário oficial será as 16:00h, isso porque eles estarão reunidos, mas você escolhe a melhor hora para você, no entanto, se você quiser sentir que está junto com todas as mulheres que se sentem como você, solte no mesmo horário.
Garanto, será um momento rápido, mas muito especial.

Um pouco mais sobre Maria Manuela Pontes:
Fundadora da associação Projecto Ártemis desde o ano de 2001, onde desenvolveu um vasto trabalho com a finalidade de projetar a causa social da perda gestacional. Tendo sido Presidente de 2005 até junho de 2011.
Sofreu duas perdas entre 1999 e 2000 e, desde então, luta pela dignidade e afetividade nesta dor que ninguém quer ver.
É ainda autora do livro Pacto do Silêncio (que eu tenho e adorei), pelas edições Papiro.
Em Braga, dirigiu esta associação que estendeu a todo o território nacional, através de núcleos distritais.
Entre tantas entrevistas ela foi até o programa na rádio Jovem Pan, vocês podem conferir essa entrevista no site: http://pactodesilencio.zip.net/.


Visitem o site e entendam melhor.

Abraço e fiquem com Deus.



quinta-feira, 8 de março de 2012

Feliz dia das Mulheres.

    

Hei!
Linda Estrela!

Aquela que faz de simples dias
Dias especiais.

Que ilumina
A profunda escuridão.

Você é a razão da beleza
Do encanto e da magia.

Você é a presença da ternura
Com jeito de atrevida
Ou com rosto de Anjo.

Você é uma estrela
Aos olhos de Deus...

Linda estrela
Repleta de Sabedoria
E compreensão.

Você sabe seduzir
Sabe conquistar...

Sem seu brilho
A beleza não existiria
O encanto não seduziria.

Seus olhos
Hipnotizam a todos a sua volta.

Seu sorriso é a arma
Que acerta o alvo
Chamado Corações,
Que facilmente se torna dona deles.

Porque és um estrela abençoada
Estrela chamada
Mulher.


dia internacional da mulher


(Fabiana Thais Oliveira)




sábado, 3 de março de 2012

DST's e a gestação.



A gravidez não protege a mulher nem o bebê de doenças sexualmente transmissíveis (DST), pelo contrário, na gravidez devido a diminuição da defesa que seu próprio corpo oferece, ela (a gestante) está muito mais sujeita a ser infectada.

Ou seja, se uma pessoa comum já tem "obrigação" de se proteger de possíveis DST's, uma mulher grávida então deve tomar muito mais cuidado, pois além de cuidar de sua saúde, ela precisa cuidar de uma vida que ainda é muito frágil, isso sem falar que uma mulher grávida não pode tomar qualquer tipo de remédio por causa de seu bebê, então diagnosticado uma doença, o tratamento será muito mais complicado.

Sabendo que muitas DST's tem sintomas que por vezes são silenciosos, ou seja, não apresentam sintomas ou sinais, enfim nenhum tipo de manifestação, a mulher tem que manter um acompanhamento pré-natal muito correto, sem faltar as consultas e relatando ao médico qualquer ocorrido.

Uma gestante que adquire alguma DST pode ter como consequências, tanto na gestação, quanto na sua saúde após a gravidez: ruptura da placenta, doença inflamatória pélvica (DIP), hepatite crônica, câncer do colo do útero, infertilidade, etc.

A gravida infectada pode transmitir para seu bebê algumas dessas doenças durante a gestação (como o HIV e o treponema), no parto (como gonorreia, clamídia, herpes, etc) ou depois do nascimento (como por exemplo na amamentação ser passado o vírus HIV).

As consequências para o bebê pode ser: conjuntivite, pneumonia, sepsis neonatal, cegueira, surdez, meningite, hepatite, baixo peso ao nascer, ou levar até mesmo a morte (natimorto), etc.

O ministério da saúde recomenda que sejam feitos pelos menos dois testes de HIV e de sífilis durante o pré-natal.

A melhor maneira da mulher evitar se contaminar (seja ela grávida ou não) é ter relação duradoura, mutuamente monogâmica, com parceiro sadio e usar camisinha.

As camisinhas quando usadas de maneira correta são muito eficazes na prevenção do HIV, e reduzem o risco de transmissão de gonorreia e das vaginites ou uretrites não gonocócicas (infecção por clamídia, trichomonas, etc.). Se a área infectante estiver protegida com a camisinha, também é eficaz para a prevenção de herpes genital, sífilis e cancro mole.

Também existe o HPV (mencionado em texto anteriores nesse blog). Na presença de lesões ativas do herpes genital, uma cesariana pode ser indicado pelo seu médico para que assim o bebê possa ser protegido do contato com a ferida.

O mais importante, vamos nos precaver desse tipo de doenças, já o controle está em nossas mãos e as explicações são disponíveis para quem quiser.


Esse texto teve como base o site: http://www.dst.com.br/gravidez.htm.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gestação após os 35 anos.

Atualmente as mulheres optam por terem filhos após os 35 anos, devido à idéia de primeiramente ter um crescimento profissional, terem mais condições financeiras, o pensamento, quero curtir mais a vida, entre outros motivos,. No entanto, isso de depara com o declínio da fertilidade da mulher. Isso porque o envelhecimento dos ovários é natural, não importa que o seu exterior seja muito bem cuidado, e em forma, o corpo sente a idade, então cada vez fica mais complicado ter um bebê, ou a mulher demora um pouco mais, ou tem mais riscos de perdê-lo ou de nascer com alguma seqüela.


O declínio da fertilidade relacionado à idade da mulher é muito bem demonstrado pelo estudo da população rural do Senegal, cujas mulheres têm em média 7,9 filhos: em torno dos 25 anos a fertilidade é máxima, diminuindo, significativamente, após os 35 anos. Taxas de gestação menores, maior incidência de abortamento e de malformações congênitas refletem no envelhecimento e diminuição da qualidade do óvulo, ocorrendo gradual e naturalmente com a idade. Além disso, a possibilidade do aparecimento de doenças ginecológicas que diminuem a fertilidade, como infecções pélvicas e endometriose, aumenta com a idade, tornando a gestação uma tarefa mais difícil. 


Tabela: Risco de abortamento espontâneo, conforme a idade materna (modificado de Gindolf PR, 1986). 


Tabela: Risco de anormalidade cromossômica em recém-nascidos, conforme a idade materna (modificado de Hook EB, 1981).


Ovodoação:

É uma técnica na qual os gametas femininos (óvulos) de uma doadora jovem são doados a uma mulher infértil (receptora), para que sejam fertilizados pelos espermatozóides do marido da receptora. A fertilização é realizada in vitro, e os embriões são transferidos para o útero da receptora (que tem o endométrio preparado para a implantação). 


 
Esquema do procedimento doação de óvulos. Os óvulos são retirados da doadora e inseminados com os espermatozóides do marido da receptora. O embrião é transferido para o útero da receptora Os resultados de gestação publicados pela Red Latinoamericana de Reprodução Assistida, em 2003, referente a ciclos com ovócitos doados em pacientes com mais de 38 anos, mostram taxas de gestação similares àquelas de pacientes jovens, em torno de 36%. A utilização de óvulos doados é, atualmente, a melhor opção para pacientes com reserva ovariana diminuída, climatéricas e, também, para mulheres que já realizaram vários ciclos de fertilização in vitro e sem sucesso. Este procedimento, entretanto, deve ser muito bem esclarecido e entendido, pois envolve carga genética de outra mulher.



Criopreservação de ovócitos e tecido ovariano:

A criopreservação de tecido ovariano é uma técnica desenvolvida para manter a função reprodutiva de mulheres que necessitam fazer quimioterapia, radioterapia, cirurgia pélvica radical ou, simplesmente, desejam preservar a fecundidade. O princípio é simples, fragmentos de ovário são retirados dias antes da realização de procedimentos esterilizantes, sendo congelados em nitrogênio líquido e meios de cultura protetores. Após a cura da doença básica ou quando a mulher desejar engravidar, os gametas criopreservados podem ser utilizados. O autotransplante (retorno de fragmentos ovarianos à própria paciente) já foi descrito com sucesso e parece promissor. A maturação folicular em outro animal, e subseqüente fertilização in vitro, também já foi demonstrada. Outro avanço, ainda incipiente, é o desenvolvimento de sistemas in vitro para desenvolvimento e maturação de folículos primordiais.
Todas as opções e as dificuldades reprodutivas devem ser consideradas no aconselhamento, planejamento e acompanhamento das pacientes que desejam gestar em idades mais avançadas. Os avanços reprodutivos aumentaram as chances de gestação no climatério, e ampliaram o conhecimento dos riscos associados, tornando as gestações mais conscientes.


Informações e trechos retirados do site: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?664.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Principais causas de infertilidade

Banco de vetores: mulher grávida em flores
Escrito para o BabyCenter Brasil

Aprovado pelos especialistas do BabyCenter 

Acredita-se que de cada seis casais um tenha dificuldade para engravidar, o que só mostra como esse é um problema bem mais comum do que se possa imaginar até vivenciá-lo na prática. Se você vem mantendo relações sexuais sem nenhum método anticoncepcional há mais de 12 meses e ainda não veio bebê por aí, é bem possível que a ideia de algum tipo de disfunção já tenha passado por sua cabeça. 

O primeiro passo é conversar com um médico para avaliar seu estado geral de saúde. Não se desespere, porque muitos problemas de fertilidade podem ser diagnosticados e tratados. 

A tabela a seguir procura listar as causas mais comuns, alguns dos tratamentos e as porcentagens dos casais que acabam engravidando. Vale lembrar que porcentagens variam bastante, já que um casal pode ter mais de uma dificuldade para gerar filhos espontaneamente. 

Leia mais sobre como lidar com o estresse de não conseguir engravidar. 


CondiçãoDefiniçãoPossíveis sintomasPossíveis soluçõesChances de sucesso
PROBLEMAS NA MULHER - Responsáveis por cerca de 40 por cento dos problemas de fertilidade
EndometrioseO tecido do endométrio (camada interna do útero que "descama" mensalmente, a cada menstruação) cresce fora do útero; é uma das principais causas de infertilidade feminina.Menstruação com muita cólica, irregular ou com forte sangramento; em muitos casos, há abortos espontâneos de repetição.Laparoscopia para retirar tecidos anormais ou aderências, além de tratamentos de reprodução assistida.Cirurgia: 40-60 por cento das mulheres consegue engravidar em até 1 ano e meio depois da operação. Fertilização in vitro (FIV): índice de sucesso conforme o esperado para outras mulheres
Problemas de ovulaçãoQualquer distúrbio (geralmente hormonal) que impeça que um óvulo maduro seja liberado pelos ovários.Menstruação irregular ou ausente e sangramento leve ou forte demais.Medicamentos para melhorar a ovulação, como clomifeno, hormônios estimulantes dos folículos, hCG e, quando necessário, fertilização in vitro (FIV).70 por cento das mulheres acabam ovulando, e dessas, 20-60 por cento ficam grávidas.
Óvulo de baixa qualidadeÓvulos danificados ou com anomalias cromossômicas, que não conseguem manter uma gestação. A idade costuma estar ligada ao problema, já que a qualidade dos óvulos cai significativamente a partir dos 35 anos.Nenhum.Doação de óvulo ou de embrião (com processo de fertilização in vitro).43 por cento das mulheres que implantam um óvulo de doadora fertilizado engravidam.
Síndrome dos ovários policísticosHá um desequilíbrio hormonal, os ovários contêm inúmeros pequenos cistos e a ovulação não ocorre regularmente.Menstruação irregular, excesso de pêlos, acne e ganho de peso.Remédios para melhorar a ovulação, como clomifeno, hormônios estimulantes dos folículos e fertilização in vitro (FIV).70 por cento das mulheres que tomam medicação acabam ovulando, e dessas, metade engravida em até seis a nove meses. Infelizmente, uma em cada cinco destas gestações termina em aborto espontâneo.
Obstrução nas trompasTrompas (ou tubas uterinas) bloqueadas ou danificadas impedem que os óvulos cheguem ao útero e, consequentemente, o espermatozoide ao óvulo. Causas principais: doença inflamatória pélvica, doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, e laqueadura anterior.Nenhum.Laparoscopia para abrir as trompas, se possível (quando a área obstruída é pequena); se a operação não der certo, a fertilização in vitro (FIV) é uma opção.As taxas de sucesso na concepção variam muito -- de apenas 10 por cento a até 70 por cento --, dependendo do bloqueio e da quantidade de cicatrizes após a cirurgia; para FIV, os índices de concepção são os mesmos que para outras mulheres.
PROBLEMAS NO HOMEM - responsáveis por cerca de 40 por cento dos problemas de fertilidade
ObstruçõesQualquer obstrução nos vasos deferentes, que transportam os espermatozoides). Varicoceles (varizes) nos testículos são a causa mais comum. DSTs como clamídia ou gonorréia também estão entre as causas.Nenhum.Cirurgia para as varicoceles ou outro tipo de obstrução. Avaliação cromossômica e genética para detectar a chance de transmitir doenças ao bebê.Cerca de 40 por cento dos homens acabam engravidando as parceiras em até um ano após a operação, sendo a maior parte entre seis e nove meses.
Problemas nos espermatozoidesContagem baixa ou inexistente de espermatozóides, assim como pouca mobilidade ou formato anormal, podem causar infertilidade.Nenhum.Medicamentos podem aumentar a produção de espermatozoides; outras opção são inseminação artificial com espermatozoides de um doador ou FIV com injeção dos espermatozóides diretamente no óvulo (ICSI).Medicamentos: cerca de 25 por cento chegam à gravidez; inseminação artificial: entre 5-20 por cento das mulheres ficam grávidas, por ciclo; ICSI: cerca de 15 por cento das parceiras engravidam, a cada tentativa.
Alergia a espermatozoidesMenos de 10 por cento dos homens e mulheres inférteis têm alguma reação imunológica a espermatozoides. Nos homens, esse tipo de alergia é mais comum após uma vasectomia. É um diagnóstico ainda controverso.Nenhum.Lavagem de espermatozoides e inseminação artificial, tratamentos de reprodução assistida. Os remédios imunossupressores, como cortisona e prednisona, já não são mais usados.Há relatos de taxas de sucesso entre 20 e 40 por cento, por ciclo, mas os números são considerados polêmicos.
INFERTILIDADE SEM CAUSA APARENTE E COMBINAÇÃO DE PROBLEMAS -- responsáveis por algo em torno de 20 por cento de todos os problemas de fertilidade
Infertilidade inexplicávelTermo usado por médicos quando não há razão específica de infertilidade após uma série de avaliações e exames.Nenhum.Além de relações sexuais programadas, não há tratamento específico. Alguns casais tentam medicamentos e tratamentos de reprodução assistida, como (FIV), com taxas de sucesso conforme a média.É importante saber por quanto tempo o casal vem tendo problemas de infertilidade. Parceiros com infertilidade inexplicada que vêm tentando há menos de cinco anos têm de 15 a 30 por cento de chances de engravidar. Após cinco anos, menos de 10 por cento engravidam sem tratamento.
Combinação de problemasTermo que descreve casais em que tanto o homem como a mulher têm algum problema ou quando um dos parceiros tem mais de uma dificuldade de fertilidade.Os sintomas mudam, dependendo das causas.Uma vez que todas as causas de infertilidade tenham sido determinadas, os médicos escolhem o melhor tipo de tratamento.