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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gestação após os 35 anos.

Atualmente as mulheres optam por terem filhos após os 35 anos, devido à idéia de primeiramente ter um crescimento profissional, terem mais condições financeiras, o pensamento, quero curtir mais a vida, entre outros motivos,. No entanto, isso de depara com o declínio da fertilidade da mulher. Isso porque o envelhecimento dos ovários é natural, não importa que o seu exterior seja muito bem cuidado, e em forma, o corpo sente a idade, então cada vez fica mais complicado ter um bebê, ou a mulher demora um pouco mais, ou tem mais riscos de perdê-lo ou de nascer com alguma seqüela.


O declínio da fertilidade relacionado à idade da mulher é muito bem demonstrado pelo estudo da população rural do Senegal, cujas mulheres têm em média 7,9 filhos: em torno dos 25 anos a fertilidade é máxima, diminuindo, significativamente, após os 35 anos. Taxas de gestação menores, maior incidência de abortamento e de malformações congênitas refletem no envelhecimento e diminuição da qualidade do óvulo, ocorrendo gradual e naturalmente com a idade. Além disso, a possibilidade do aparecimento de doenças ginecológicas que diminuem a fertilidade, como infecções pélvicas e endometriose, aumenta com a idade, tornando a gestação uma tarefa mais difícil. 


Tabela: Risco de abortamento espontâneo, conforme a idade materna (modificado de Gindolf PR, 1986). 


Tabela: Risco de anormalidade cromossômica em recém-nascidos, conforme a idade materna (modificado de Hook EB, 1981).


Ovodoação:

É uma técnica na qual os gametas femininos (óvulos) de uma doadora jovem são doados a uma mulher infértil (receptora), para que sejam fertilizados pelos espermatozóides do marido da receptora. A fertilização é realizada in vitro, e os embriões são transferidos para o útero da receptora (que tem o endométrio preparado para a implantação). 


 
Esquema do procedimento doação de óvulos. Os óvulos são retirados da doadora e inseminados com os espermatozóides do marido da receptora. O embrião é transferido para o útero da receptora Os resultados de gestação publicados pela Red Latinoamericana de Reprodução Assistida, em 2003, referente a ciclos com ovócitos doados em pacientes com mais de 38 anos, mostram taxas de gestação similares àquelas de pacientes jovens, em torno de 36%. A utilização de óvulos doados é, atualmente, a melhor opção para pacientes com reserva ovariana diminuída, climatéricas e, também, para mulheres que já realizaram vários ciclos de fertilização in vitro e sem sucesso. Este procedimento, entretanto, deve ser muito bem esclarecido e entendido, pois envolve carga genética de outra mulher.



Criopreservação de ovócitos e tecido ovariano:

A criopreservação de tecido ovariano é uma técnica desenvolvida para manter a função reprodutiva de mulheres que necessitam fazer quimioterapia, radioterapia, cirurgia pélvica radical ou, simplesmente, desejam preservar a fecundidade. O princípio é simples, fragmentos de ovário são retirados dias antes da realização de procedimentos esterilizantes, sendo congelados em nitrogênio líquido e meios de cultura protetores. Após a cura da doença básica ou quando a mulher desejar engravidar, os gametas criopreservados podem ser utilizados. O autotransplante (retorno de fragmentos ovarianos à própria paciente) já foi descrito com sucesso e parece promissor. A maturação folicular em outro animal, e subseqüente fertilização in vitro, também já foi demonstrada. Outro avanço, ainda incipiente, é o desenvolvimento de sistemas in vitro para desenvolvimento e maturação de folículos primordiais.
Todas as opções e as dificuldades reprodutivas devem ser consideradas no aconselhamento, planejamento e acompanhamento das pacientes que desejam gestar em idades mais avançadas. Os avanços reprodutivos aumentaram as chances de gestação no climatério, e ampliaram o conhecimento dos riscos associados, tornando as gestações mais conscientes.


Informações e trechos retirados do site: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?664.

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