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sábado, 7 de janeiro de 2012

O que somos?

Como podemos definir uma mulher sem seu filho?
Uma esposa sem o marido: viúva.
Um filho sem seus pais: órfãos.
Enfim, temos nomes para tudo, mas e para nós mulheres que perderam seus bens mais preciosos e desejados, seus bebês. O que somos?
A dor da perda, é a pior que existe, não poderemos vê-lo mais, mesmo que de relance, passando dentro de um ônibus, ou atravessando a rua, enfim, ele se foi e nunca mais veremos.
Isso fica vivo dentro de nós para sempre. É uma ferida que não se fecha. É dor que desatina a doer e não temos remédio, se dormirmos, ela não vai passar, se bebermos, ela não vai passar. Não há ninguém que substitua ninguém, não há como colocarmos outro filho no lugar, não é dança das cadeiras, que é só retirar uma cadeira e tudo fica certo, ao contrário, tudo faz lembrar, o lugar ainda está lá, mas, vazio.
O que resta a ser feito é suportar e lutar para viver.
Doi muito, e diria que até a morte (o que faria outra pessoa sofrer).
Vamos erguer a cabeça.
Lutar.
E seguir em frente.

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